O que mudou no pagode dos anos 90 para cá?
Derivado do samba, o pagode surgiu como estilo musical consolidado no final dos anos 70 e foi levado para a mídia por nomes como Fundo de Quintal, Beth Carvalho e Jorge Aragão, mas chegou ao auge comercial apenas nos anos 90. Entenda a diferença do gênero de duas décadas atrás e de agora!
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O estilo que nasceu como um samba de partido alto no Cacique de Ramos desaguou em um formato comercial no final dos anos 80 e início da década seguinte, quando tomou espaço nas paradas de sucesso. Com cavaquinhos acelerados, letras açucaradas, refrões grudentos, vocais melódicos e músicas que se dividiam entre o romântico quase cafona e o cômico quase vulgar, o pagode conquistou até mesmo ouvintes de outros estilos nos anos 90, liderado por grupos como Exaltasamba, Katinguelê, Art Popular, Só Pra Contrariar, Travessos, entre outros.
Com o sucesso e os holofotes voltados para os cantores, muitos dos artistas começaram a se lançar em carreira solo, como Thiaguinho e Péricles, do Exaltasamba; Rodriguinho, dos Travessos; Belo, do Soweto; Xande de Pilares, do Revelação; e Alexandre Pires, do Só Pra Contrariar.
Essa foi uma das primeiras transformações que se verificou no estilo da década de 90 para os dias atuais: os grupos não deixaram de existir, como o Sorriso Maroto e a Turma do Pagode comprovam, mas passaram a dividir as paradas de sucesso com cantores solo consagrados e com alguns iniciantes, como o recente músico em ascensão Dilsinho.
Além disso, é possível evidenciar uma melhora substancial na produção dos discos, que não eram trabalhados com tanto esmero 20 anos atrás como são hoje, com a mesma qualidade técnica de qualquer outro lançamento de gravadoras grandes. Se as letras românticas ainda compõem grande parte do repertório pagodeiro, músicas com temáticas praieiras e relaxantes, perfeitas para trilha sonora de churrascos.
"Caraca, Muleke", de Thiaguinho; "Horário de Verão", do Sorriso Maroto; "Fica Mais Relax", de Belo; e "Se Eu Largar o Freio", de Péricles são alguns dos exemplos dessa nova cara que o pagode tomou ao longo dos anos, tornando-se um gênero mais sóbrio frente a hits do passado como "O Pinto", da Raça Pura; "A Barata", do Só Pra Contrariar; e "Dança da Vassoura", do Molejo.
E você, leitor, o que prefere: o pagode dos anos 90 ou atual?
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