Banda Alma Livre fala sobre música e lança regravação de clássico de Lenine

A banda Alma Livre lançou recentemente o single "Paciência", de Lenine. Com tantos anos na estrada e reconhecidos internacionalmente, o grupo formado em 2006 é uma dos destaques do reggae brasileiro.

Em entevista ao UOL, o sexteto falou sobre música, o cenário do reggae no país, as principais diferenças do Alma Livre para as outras bandas do estilo e a escolha de um clássico da MPB.

UOL Música Deezer: Por que escolheram a música "Paciência" para lançar em single?

Alma Livre: Foi um grande privilégio e uma grande felicidade regravar uma canção tão grandiosa como "Paciência", de um artista do qual nos identificamos e admiramos muito. Decidimos abrir o disco com esta regravação também para mostrar nossa gratidão ao Lenine por nos confiar uma de suas grandes obras. Quando a ouvimos pela primeira vez, reconhecemos nela o mesmo idealismo que nos movia como banda. Nos identificamos muito desde o arranjo, a poesia e a simplicidade sofisticada da obra como tudo que o Lenine faz. Em nossa opinião, um dos maiores artistas de todos os tempos.

Diversas bandas de reggae surgem no Brasil. Quais as principais diferenças do Alma Livre para as demais bandas?

Primeiro o comprometimento com o trabalho, a busca incessante por novos horizontes, o respeito à inteligência do público, sempre trilhando o caminho com personalidade e fidelidade naquilo que pregamos. Outra diferença é que embora a linha principal do Alma Livre seja o reggae, não nos limitamos a um único gênero musical, porque defendemos a liberdade de expressão e a liberdade musical, com o objetivo de levar a música não apenas ao público específico do reggae mas conquistar o público de outros segmentos musicais.

Por que apostar no mercado internacional? Vocês acham que o mercado nacional está abarrotado?

Isso aconteceu naturalmente, nos primeiros anos de formação da banda já começamos a receber convites para tocar fora do Brasil, desde então passamos por Portugal, Espanha, Argentina e Uruguai. Como tivemos esta abertura resolvemos investir também no mercado internacional. Sem dúvida há muita variedade musical no mercado nacional, mas não diria que está abarrotado, principalmente no segmento reggae. Hoje, infelizmente há poucas bandas de reggae em evidência no cenário nacional.

Como vocês formaram a banda?

Quatro dos integrantes já tocavam juntos na noite em São Paulo, como banda de apoio e free lancer para artistas de variados estilos musicais. O Alves (vocalista) tinha planos de formar um banda autoral e já tinha algumas composições prontas. Em novembro de 2006, Alves, Sábia, Chico, Naldinho se juntaram ao Paulo e Kleberson e formaram a banda.

Quais as maiores influências na música?

Bob Marley, é claro, Gilberto Gil, Luiz Gonzagua, Zucchero, B.B. King, Lenine, Paralamas do Sucesso, entre outros.