Mattilha aparece mais pesado e maduro em clipe do novo single; veja

Banda Mattilha solta clipe do single "Depois das 3 (Rua Augusta)" (Divulgação)

Mattilha ganhou destaque no cenário hard rock brasileiro com o álbum de estreia "Ninguém É Santo", lançado em 2014. Mais experientes e rodando o país em diversos shows, o quarteto formado por Gabriel Martins (voz), Victor Guilherme Firmino (guitarra), "Andy" Einech (baixo) e Ian Martini (bateria) chegam a uma nova fase na carreira.

O primeiro single da banda após 2 anos, "Depois das 3 (Rua Augusta)" traz uma sonoridade pesada, com guitarra e bateria trabalhando em conjunto com boas passagens de baixo e a característica voz do grupo. O clipe, exclusivo no UOL Música Deezer, já pode ser visto abaixo.

O novo EP conta com a produção do experiente Marcello Pompeu, vocalista do Korzus, um dos ícones do metal nacional. O guitarrista Victor e o baterista Ian falaram com o UOL sobre o novo trabalho.

 "Depois das 3 (Rua Augusta)" parece um trabalho mais maduro da banda. O som também está mais pesado que no 1º álbum do Mattilha. Por que essa mudança?

Ian: Foi um processo natural que ocorreu ao longo desses últimos 2 anos que ficamos focados na divulgação do nosso primeiro álbum "Ninguém é Santo", que saiu em 2014. As músicas desse disco retratam perfeitamente os primeiros anos da banda. Eu e o Victor (guitarra) estávamos com 18 anos e eram as primeiras composições e conjunto. Nunca havíamos entrado em um estúdio antes. Em 2013 o Gabriel (vocal) entrou pro time com o álbum quase finalizado e o Andy (baixo) entrou logo após o lançamento em 2014. Então todo o progresso e evolução da banda nessa turnê junto com as influências pessoais dos dois resultaram nessa nova sonoridade. Estamos muito felizes com o resultado e isso é só o começo do projeto que ainda tem um EP (com 4 faixas) e um álbum que deve sair no próximo ano.

Como foi ter o apoio do Marcello como produtor no novo EP?   

Ian: Foi a nossa primeira experiência com um produtor especializado em rock pesado. Muitas bandas que admiramos aqui no Brasil já passaram por ele e o resultado é sempre supreendente. Desde o primeiro ensaio a identificação foi super forte e todo conhecimento e experiência nos ajudou a prestar atenção em detalhes que antes passavam despercebidos. Não tenho dúvidas que foi a escolha ideal para representar essa nova fase da banda. Esse single é só uma pequena amostra do que está por vir no EP e no futuro álbum!

O que vocês planejaram para o clipe do novo single?

Victor: Tivemos a sorte de contar com a parceria do Derick Borba, do projeto Gravando Bandas. Ele é um diretor super renomado no mercado e desde o ano passado criou esse curso em parceria com a Adobe para ensinar alunos a trabalharem na produção de vídeo-clipes profissionais utilizando uma banda de verdade no set. Nesse modelo  já foram produzidos excelentes videoclipes de bandas como Ego Kill Talent, Water Rats, Bullet Bane, Hateen entre outras. Foi uma grande honra para nós termos a oportunidade de ter essa experiência, que foi bem diferente de qualquer outro vídeo que já produzimos. A linguagem visual condiz muito com o que queremos passar com a música e aproveitamos o fato de serem apenas takes da banda tocando para passar a energia que nós temos no palco.

Por que essa demora de 2 anos para lançar outro projeto?

Victor:  Tudo acontece na hora certa. Imagino se a gente fosse escrever esse som há um ano atrás, por exemplo, certamente não passaria a mensagem do jeito que a gente realmente queria, desde a letra quanto a melodia. Talvez até desistiríamos da ideia, ou deixaríamos ela numa estufa pra esperar o tempo dela. Esse som foi feito em um dia, e depois mais uma semana pra lapidarmos. Veio realmente da alma e de uma forma extremamente natural. Poderíamos ter lançado algum material antes, mas mesmo com dedicação máxima, dificilmente ficaria do jeito que a gente realmente queria. Vamos na contramão do trabalho "forçado" para as composições. Trabalhamos sem pressa… prezamos muito pela qualidade e somos muito exigentes com os nossos sons. Temos uma identidade sonora e queremos levar isso adiante.

Rodolfo Vicentini
UMD