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Diogo Nogueira transforma álbum em documentário sobre o samba: "Faz parte da nossa história"

UOL Música

16/12/2016 14h36

(Divulgação)

Diogo Nogueira lançou em setembro de 2016 o álbum "Alma Brasileira", uma homenagem à música nacional que contou com a participação de Zeca Pagodinho e Beth Carvalho.

Além de interpretar grandes ícones da nossa música, Diogo se apaixonou pelo trabalho e quis dar continuidade ao projeto. A ideia resultou em um documentário, no qual expõe seu aprendizado no samba e as grandes influências da carreira.

Em 4 episódios, disponibilizados no YouTube, recordações da infância ao lado do pai, encontros com mestres da músicas popular e diversas entrevistas valorizam ainda mais a chamada "alma brasileira".

O UOL Música Deezer falou com Diogo sobre o projeto:

"Alma Brasileira" é uma homenagem à música nacional, não apenas ao samba. Como o álbum acabou virando documentário?

Sempre tive vontade de cantar alguns compositores que fizeram parte da minha vida de alguma maneira e que de uma forma  ou de outra ajudaram a me formar musicalmente. Então por isso escolhi canções não só do samba, como Zeca Pagodinho, Monarco, Roberto Ribeiro, Beth Carvalho, mas também de grandes nomes da MPB como Milton Nascimento, Djavan, Gonzaguinha, Toninho Horta, Cazuza e até Tim Maia. E depois que gravei o DVD e começamos a pós-produção, eu percebi que queria mostrar ainda mais para o público. Então acho que foi isso. O documentário foi uma coisa muito natural, porque não tínhamos pensado em nada disso. Mas acabou que virou uma forma de mostrar para o público a origem desse repertório, o porquê da escolha desses compositores e artistas e as referências que tive para o "Alma Brasileira", além do resgate do  que eu ouvia em casa.

É muito importante manter o samba tradicional, ainda mais no ano do centenário. Você acredita que o samba acabou perdendo espaço na cultura brasileira?

Eu acredito que o samba sempre terá espaço no coração dos brasileiros, o samba faz parte da nossa história . O Brasil é um país maravilhoso, muito rico, e tem muita gente boa que ainda não teve a oportunidade de mostrar a qualidade do seu trabalho. Estou sempre viajando pelo país todo e recebo muito material incrível de sambistas de diversos lugares. Então acredito que o samba está sempre se renovando, e por isso não só é um dos ritmos mais antigos, mas também vai se manter forte na cena musical brasileira. E o mais importante e independente da época, é ser um bom samba, ter uma boa letra, uma ótima melodia. Isso sim faz a música e o samba se perpetuarem na vida de um povo e na história de um país.

O seu pai criou o Clube do Samba justamente pela invasão da música internacional no Brasil. Você acredita que hoje em dia, com uma cultura globalizada ainda maior, teria como fazer uma reunião dessa importância na música brasileira?

Eu acho que quando se tem vontade, tudo é possível. Existem diversos projetos que enaltecem a cultura do samba, o Sambabook é um deles onde reunimos artistas de diferentes segmentos que fazem uma releitura de grandes intérpretes como João Nogueira, meu pai, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Dona Ivone Lara e Jorge Aragão.

Rodolfo Vicentini
UMD

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