Conheça José Norberto Flesch: a “mãe Dinah” do jornalismo musical

Marina Tonelli
Do UOL/São Paulo

José Norberto Flesch poderia ser apenas mais um jornalista anônimo que trabalha nos bastidores. Porém, o editor de conteúdo de um jornal de São Paulo e eventual colaborador do UOL, fã de Green Day e Iron Maiden, ganhou notoriedade de forma discreta nas redes sociais ao divulgar datas de shows  – principalmente os internacionais – antes do resto da imprensa.

Com isso, Flesch conquistou 27 mil devotos no twitter. Ele não expôs fotos íntimas na rede, muito menos divulgou um escândalos de celebridades e não há sequer uma foto pessoal em seu perfil.

"Não quero aparecer, quero dar notícia" declara, enfático. Mas mesmo sem qualquer conteúdo apelativo, sempre que aparece na rede social causa tumulto por suas revelações e comentários.

O jornalista queria um espaço em que pudesse falar mais sobre os assuntos que escrevia em suas matérias e apostou no twitter, que atinge um público variado. "apesar de escrever para o jornal, sentia vontade de falar alguma coisa a mais que não daria para encaixar na matéria" diz Flesch. "E tem também aquele contato direto com o leitor, que me interessou bastante".

Mas o que consolidou suas informações não foram palpites acertados. O jornalista, que trabalha no ramo musical desde os anos 90, revela com bom humor que não tem um canal direto com algum tipo de magia  que o avisa sobre o futuro musical do país.

"Não trabalho com especulação, vejo o twitter como uma extensão do meu trabalho. Apesar das brincadeiras, faço uma coisa séria e apenas transmito os shows que já estão fechados mas que, às vezes, por conta da produtora ou do patrocinador, demoram a ser divulgados e eu acabo liberando antes por lá", revela.

Se não há ajuda de forças misteriosas, Flesch conta com uma forcinha importante além de seus contatos no ramo musical. Diversos fãs, dos mais variados artistas, trocam informações ao jornalista. O que nem sempre é um mar de rosas.

"Recebo muito xingamento, mas isso acontece em todas as redes sociais. É gente achando que a culpa é minha que tal banda não vem, discordando, reclamando… Mas também tem o lado divertido das pessoas ansiosas por alguma notícia de show, interagindo. É uma experiência muito mais positiva do que negativa", finaliza.