Produtor do Sepultura participa de projeto e dá dicas às bandas emergentes
De passagem pelo Brasil, o experiente produtor Steve Evetts, que já trabalhou com grandes nomes como Sepultura e The Cure, participou na última sexta-feira (28) de um encontro do Converse Rubber Tracks, projeto que dá oportunidade à bandas emergentes gravarem suas músicas em estúdios profissionais.
Além de um convite exclusivo, o produtor conversou com o UOL Música Deezer e abriu o jogo sobre as gravações digitais e o quanto elas têm afetado as bandas e feito mal para a música em geral.
Apesar de grandes álbuns da história terem sido gravados de forma totalmente analógica, hoje em dia, a maioria das gravações é feita de forma digital no computador, permitindo a manipulação do som.
Steve disse que as bandas têm que parar de pensar que as coisas podem ser consertadas digitalmente e devem dar o máximo de si para alcançar o resultado esperado. "No passado, não podia consertar tudo. Todos tinham que praticar", afirmou.
O produtor também comentou que a utilização de programas que afinam vozes ou mesmo outros instrumentos deveriam ser usadas somente em algumas situações, não em todas as faixas de um disco. "Existem muitas bandas fazendo a coisa certa por aí, o que eu não gosto é a super produção ou um software para fazer tudo perfeito […] os maiores discos não são perfeitos, a perfeição é terrível".
Segundo o produtor, a maioria das músicas que tocam hoje em dia no rádio são excessivamente produzidas, acabando com o realismo e vida das gravações, atributo que ele sempre prezou e que é possível perceber em muitos álbuns que se tornaram clássicos.
Para finalizar, Steve ainda falou que os maiores álbuns da história do rock foram feitos sem nenhuma manipulação digital e que o importante é a banda conseguir transmitir entusiasmo e inspiração nas gravações. "O feeling (emoção) é a coisa mais importante. Quando você pensa muito, pode estragar a gravação", concluiu.
Felipe Caldo e Rodolfo Vicentini
UOL Música Deezer
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