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Adriana Sanchez presta homenagem a Gonzagão em releitura criativa e inédita

UOL Música

20/11/2015 13h29

Adriana Sanchez

"Eu nunca pensei que a música seria algo sério na minha vida", conta a sanfoneira. Para alguém que começou aos 8 anos estudando piano clássico como complemento às aulas de balé, lançar discos populares no Brasil não seria o caminho mais provável.

O convite de um amigo para uma apresentação em um bar foi o início de tudo. Na sequência, após inúmeros covers de Pink Floyd e Chico Buarque, Adriana Sanchez foi apresentada à sanfona. E a partir desse momento, a dançarina decidiu se tornar uma cantora.

Itamar Assumpção a ajudou no começo da carreira. O projeto "Orquídeas do Brasil", grupo formado apenas por mulheres, colocou Adriana em destaque. Em um belo dia, o cantor apareceu com o temido instrumento.

"Em um primeiro momento, não teve impacto nenhuma. Achei bem legal, mas não ficava tocando nem nada. Com o tempo fui tocando mais, me aperfeiçoando", explica a artista em entrevista ao UOL Música Deezer.

A aptidão de Adriana para com o instrumento ainda é motivo de surpresa. "Nas primeiras vezes em que eu peguei a sanfona, já saí tocando. Depois que você entende a lógica por trás, não tem segredo. Aí entra a parte do coração".

Salve Lua

Em "Salve Lua – Tributo a Luiz Gonzaga" (clique para ouvir), a cantora homenageia um dos maiores símbolos da música brasileira. Filha de um equatoriano com uma brasileira, Adriana fala da música nordestina como uma admiradora. A dúvida inicial era seguir o caminho mais óbvio e regravar os maiores sucessos do pai do baião ou pegar as faixas mais desconhecidas.

"A minha proposta era fazer uma releitura. E fazer a minha releitura paulistana, usando efeitos de pedal na sanfona, batidas eletrônicas, misturando ritmos… então optei por músicas conhecidas, justamente para mostrar a diferença entre as gravações originais", relata a cantora.

Adriana ainda contou com convidados especiais, que deram outro toque ao álbum. Zeca Baleiro dividiu o vocal em Assum Preto, enquanto Rapadura colocou rap em Qui Nem Jilo. Já o ator e músico Gero Camilo entoou uma bela poesia em Xote Das Meninas.

O maior atrativo do álbum é o toque pessoal com que Adriana tenta colocar em cada música. "Se eu fosse ficar na mesma coisa, super tradicional, eu ia cair no comum. Então preferi ousar e mesmo assim não ser entendida do que me acomodar e fazer uma coisa já feita".

Sempre muito ocupada, a sanfoneira participa de diversos projetos ao mesmo tempo, como a banda Barra da Saia e a parceria com Rafael Alterio, Guilherme Rondon e Bosco Fonseca. O projeto Música De Graça reuniu os 4 músicos, que gravaram a espetacular Descendo a Estrada (clique para ouvir).

Recentemente, Adriana fez uma turnê pela Argentina, onde pôde conhecer diversos músicos e ritmos diferentes. De volta para o Brasil, também tocou clássicos paulistas com um grupo japonês, que estava aqui para gravar um DVD e retornam em novembro. "Quem sabe não sai um cover de Gonzagão em japonês?", brinca a cantora.

Rodolfo Vicentini
UOL Música Deezer

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