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Um ano sem Amy Winehouse - relembre outras cantoras que tiveram vidas trágicas

UOL Música

23/07/2012 10h41

Esta segunda-feira (23) marca o aniversário da morte de uma das cantoras mais importantes da última década. Principal expoente do mais recente revival da música soul, Amy Winehouse se tornou célebre não apenas pelo talento extraordinário, mas também pela pessoal atormentada e cheia de excessos.

Culminando na overdose de álcool que há matou, Amy passou os últimos anos de sua vida na corda bamba. Além da bebida, a cantora teve problemas com drogas que vão da heroína ao crack. Sua autodestruição era assistida ao vivo pelo público através das lentes dos paparazzi, como num reality show macabro.

Como é comum em casos deste tipo, ela não foi a única vítima do vício. Em várias ocasiões, perdeu o controle e agrediu outras pessoas, desde fãs ao próprio marido, em diversos episódios de violência.

Já seria uma tragédia se estivéssemos falando de uma pessoa comum. Mas em se tratando de uma estrela, querida e admirada no mundo todo, a tristeza é ainda maior.

Mas infelizmente, o caso de Amy Winehouse não é raro. A história da cantora que morre cedo após levar uma vida trágica e cheia de excessos é quase um clichê no mundo da música. Será que a entrega emocional à música é tão grande que as divas perdem o controle?

Alguns exemplos:

Janis Joplin:
Uma das primeiras cantoras brancas a se aventurar no mundo do blues e soul, a texana Janis morreu de overdose em 1970, se tornando ícone da geração hippie. Após passar a juventude sofrendo bullying numa cidade conservadora (foi eleita "o homem mais feio da escola"), Janis se mudou para São Francisco e ficou famosa. Mas passou o resto da curta vida deprimida e reclamando da solidão, até morrer de overdose de heroína 16 dias depois de outro herói de sua geração, o guitarrista Jimi Hendrix.

Sinta a dor ouvindo "Ball and Chain"

Billie Holiday:
Filha de uma mãe solteira de 13 anos de idade, a rainha do jazz teve uma infância horrível: foi criada por parentes e conhecidos enquanto a mãe trabalhava em trens de passageiros, até voltar para casa e encontrar Billie, de apenas 11 anos, sendo estuprada por um vizinho. Poucos anos depois, as duas se mudaram para um prostíbulo, onde no início a filha apenas cantava, até começar a se prostituir também aos 14 anos de idade.

No decorrer dos anos, Billie Holiday recorrer ao vício para aliviar o tormento interno, chegando a ser presa por posse de drogas em 1947, quando estava no auge da carreira. A partir daí sua situação foi se deteriorando. A cantora passou seus últimos anos sofrendo tanto pelo vício como por relacionamentos abusivos com homens, até morrer de cirrose em 1959, aos 44 anos.

Sinta a dor ouvindo "Strange Fruit"

Edith Piaf
Filha de uma cafetina, a maior cantora francesa de todos os tempos foi criada num bordel. Dos 3 aos 7 anos de idade, a pequena Edith perdeu a visão por causa de uma doença ocular, o que foi apenas o início de uma vida cheia de problemas de saúde. Aos 17 anos, teve sua única filha, que morreu de meningite aos dois anos de idade.

Anos mais tarde, perdeu também o amor de sua vida, o boxeador Marcel Cerdan, num desastre de avião em 1949. Como se não bastasse, dois anos depois Piaf sobrevive a um acidente automobilístico que lhe rendeu um braço e duas costelas quebradas. Foi apenas o primeiro: ela ainda teria mais duas batidas de carro quase fatais. A dor crônica resultante foi em grande parte responsável pelo vício em álcool e morfina que perseguiria a cantora pelo resto da vida, até sua morte aos 47 anos, em 1963.

Sinta a dor ouvindo "La Vie En Rose"

Whitney Houston
Belíssima e absurdamente talentosa, com 170 milhões de discos vendidos e o título de cantora mais premiada de todos os tempos pelo livro Guiness dos recordes, Whitney tinha tudo para ser a mulher mais feliz do planeta. Exceto paz de espírito.

A partir do final da década de 90, a imagem de boa moça conquistada no decorrer da carreira começou a mudar. A cantora começou a se atrasar e cancelar compromissos profissionais constantemente. Isso, junto à perda de peso, estimulou boatos de que ela estaria se afundando nas drogas junto ao marido, o também cantor Bobby Brown.

Em 2004, a cunhada Tina Brown revelou em entrevista ao tablóide britânico The Sun, que Whitney estaria usando crack. A matéria acompanhava fotos chocantes do que seria o banheiro da cantora repleto da parafernália necessária para o uso da droga. Entre idas e vindas, o vício acompanhou os últimos anos da cantora, culminando em sua morte. Em 18 de fevereiro de 2012, foi encontrada afogada na banheira após usar uma mistura de cocaína, maconha e farmacêuticos.

SInta a dor ouvindo "Didn't We Almost Have it All"

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Este é o blog oficial do UOL Música Deezer. Com ele, nós da equipe e nossos colaboradores podemos nos comunicar com os ouvintes, sugerindo, informando, divulgando e discutindo tudo que diz respeito ao universo musical. E é claro, ouvindo o que vocês têm a dizer. Ouça, leia e comente!

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