Riffs de guitarra que não sairão nunca mais da sua cabeça

Todo mundo que já ouviu um minuto sequer de rock and roll já teve dificuldade para tirar da cabeça as bases de guitarra que se repetem no decorrer da música.

São os famosos riffs de guitarra. Em homenagem a eesta marca registrada do rock, a Rádio UOL preparou uma playlist com alguns dos principais exemplos, desde a década de 50 aos dias de hoje.

Desde os primórdios do jazz, a música negra norte-americana utiliza riffs como ponto inicial para a composição. Mas com a criação da guitarra elétrica e sua introdução no blues, o recurso adquiriu a importância fundamental que tem hoje.

O volume dos amplificadores deu propriedades hipnóticas a clássicos do gênero como "I'm a Man" de Bo Diddley e "Smokestack Lightnin'" de Howlin' Wolf, cujos poderosos riffs lançaram a base para o rock pauleira das décadas seguintes.

Outro grande expoente da "rifferama" na década de 50 é Chuck Berry. Ao acelerar o ritmo do blues e acrescentar boas doses de country e pop na mistura, foi um dos criadores do rock and roll e do estilo de tocar guitarra que é sinônimo do estilo até os dias de hoje.

Na década de 60, começa a era de ouro dos riffs. Absorvendo, simplificando e amplificando as bases do blues e rock das décadas anteriores, músicos ingleses e americanos revolucionaram a mentalidade de toda uma geração utilizando pouco mais do que três acordes.

Riffs agressivos como "You Really Got Me" dos Kinks, "My Generation" do The Who e, principalmente "Satisfaction" dos Rolling Stones traduzem melhor do que qualquer livro as mudanças daquela década. Era o nascimento do rock pesado, trilha sonora da rebeldia de uma época marcada pela guerra do vietnã e pelos ideais revolucionários.

O rock e o mundo nunca mais foram os mesmos. Logo, o guitarrista Jimi Hendrix viraria a música de ponta cabeça com bases explosivas como a de "Purple Haze", abrindo espaço, junto com nomes como Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath e Steppenwolf, para o desenvolvimento do heavy metal na década seguinte.

Além do peso, o que estas bandas têm em comum é a habilidade na construção de riffs inesquecíveis. A partir delas, bandas das gerações seguintes, como Judas Priest, Iron Maiden, Metallica e tantas outras fariam do riff o elemento central do heavy metal em todas as suas vertentes, do mais tradicional, ao thrash e linhas mais extremas.

O mesmo vale para o punk rock, grunge e indie. Os Ramones, considerados por muita gente como os pais de todo este universo, basearam toda sua obra num emaranhado de riffs simples e poderosos como o de "Blitzkrieg Bop" e se existe uma sequência de quatro que define os anos 90 é a introdução de "Smells Like Teen Spirit" do Nirvana.

E por aí vai, até os dias de hoje o riff de guitarra é a primeira coisa que um roqueiro repara quando ouve música. Ouça a playlist e tente tirá-los da cabeça depois.

Boa sorte!