“Música boa tem que ser cantada", afirma revelação do pagode
Com 16 anos de estrada e músicas gravadas por artistas como Péricles, Lecy Brandão e Art Popular, o grupo Fonte de Sedução é a revelação do pagode paulistano. "Começou em 1997 com uma reunião de amigos antigos que gostavam de dançar, sair e bailar. Na época, o Katinguelê estava em ascensão. Vimos uma oportunidade e pensamos em montar um grupo também", disse Jackson Fonte ao UOL.
"Tudo começou assim. Foi meio que uma brincadeira séria que virou o que é o Fonte de Sedução hoje", relembra ele. "Eu iniciei no pagode porque achava um barato, pelos amigos, por causa de mulher. Com o tempo foi virando profissão viver da música. Mas no início a rapaziada acha que é auê", conta Thiago Dias, um dos vocalistas do grupo. "Mas não é assim. Viver de música é difícil", completa.
"Quando eu digo que sou músico, as pessoas perguntam se eu não trabalho. Elas não levam a sério, mas é uma profissão, independente do estilo", afirma Jackson. O nome do grupo chama a atenção, e ele conta que foi retirado de uma música que ouviu de um conjunto de pagode em um festival.
Assim como o Fonte de Sedução, outros grandes nomes do gênero vieram de títulos de músicas, como Katinguelê e Só Pra Contrariar, que são inspirados em faixas do Fundo de Quintal. "Abraçamos o nome e estamos há 16 anos com ele", reflete Jackson. O Fonte é formado, além de Jackson e Thiago, por Rodrigo Lira (compositor e produtor) e Rodrigo Paulo (cantor).
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Em 2012, o grupo participou do concurso Exposamba e chegou às finais. Não ganhou o prêmio, mas conquistou a admiração de Lecy Brandão, que gravou uma de suas músicas. Recentemente, o Fonte de Sedução se sagrou campeão em um festival de jovens talentos e recebeu o direito de gravar uma música com Thiaguinho, e com participação de Péricles. Não tiveram dúvida e elegeram a canção que vem abrindo portas para eles há dois anos.
"A "Minha Fé" é um papo de um músico com Deus. Não vai ter um que não vai se identificar com ela. Essa é a música da nossa vida. Está mudando a vida do Fonte de Sedução" conta Jackson, e se emociona ao falar.
Agora o conjunto quer crescer cada vez mais no cenário do gênero. "O pagode está numa crescente. O funk tomou bastante nosso espaço, e o sertanejo também. Mas o pagode está muito bem e a gente acha que tem muito pra melhorar", acredita Thiago. "Tem muito artista bom, o que falta é oportunidade", acrescenta.
"No pagode, ainda falta a união, como tem o sertanejo", analisa Jackson. "No sertanejo, você vê os grandes trazendo artistas menos conhecidos e assim saem os talentos. Música boa tem que ser cantada, independente do artista ser conhecido. No pagode tem muita vaidade, e isso precisa ser quebrado", conclui.
André Cáceres
Rádio UOL
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