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Relembre 10 discos brasileiros fundamentais que completam 40 anos

UOL Música

19/09/2014 18h51

raul seixas

De Chico Buarque a Rita Lee, passando por Cartola e Raul Seixas, a música brasileira atravessava uma de suas melhores fases em meados dos anos 70.

A Rádio UOL selecionou dez discos nacionais que você precisa escutar e  estão completando quarenta anos em 2014. Prepare os fones de ouvido e boa viagem pelo baú da música brasileira!

"Atrás do Porto Tem Uma Cidade" – Rita Lee

Terceiro disco solo da musa do rock nacional, "Atrás do Porto Tem Uma Cidade" é o primeiro trabalho da cantora após deixar de fazer parte dos Mutantes. É sucessor de "Build Up" e "Hoje É o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida".

Agora acompanhada pelo Tutti-Frutti, Rita Lee despontava com um rock and roll mais básico e cheio de sensibilidades pop, em contraste com o rock mais progressivo de seus ex-companheiros.

"Tudo Foi Feito Pelo Sol" – Os Mutantes

Por falar neles, em 1974, Os Mutantes já estavam desfalcados dos integrantes Rita Lee, Liminha – que chegou a compor algumas linhas de baixo antes de se despedir da banda – e Arnaldo Baptista, restando apenas Sérgio Dias da formação original.

Gravado incrivelmente em apenas um take, sem pausas, "Tudo Foi Feito Pelo Sol" tornou-se o álbum mais vendido da banda, com canções inesquecíveis como a faixa-título, "Pitágoras", "Eu Só Penso em te Ajudar" e "O Contrário de Nada é Nada". Sem perder a pegada roqueira e com pinceladas de jazz fusion, o disco é o mais progressivo da banda, de acordo com as tendências da época.

"Maysa" – Maysa

O décimo sexto e último álbum de estúdio de uma das maiores cantoras da música brasileira levou praticamente o ano inteiro para ser produzido. Desde a idealização, no final de 1973 e o início das gravações, em janeiro de 1974, até a conclusão, que só ocorreu em novembro.

No disco, Maysa interpreta grandes clássicos de compositores como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Dolores Duran e Lamartine Babo com sua voz forte e grave, dando nova roupagem ao estilo melancólico que a batizou de "rainha da dor de cotovelo".

"A Tábua de Esmeralda" – Jorge Ben

Uma década após revolucionar a música brasileira com "Samba Esquema Novo", de 1963,  Jorge Ben (que ainda não era Jor), repetiu a dose em "A Tábua de Esmeralda", considerado o principal disco de sua carreira.

Jorge se interessou por alquimia e se utilizou do tema como influência num legítimo álbum conceitual, ilustrando as letras com melodias suaves, percussão bem marcada e até mesmo pitadas de psicodelia e funk (o original) no samba alquímico.

 "Secos e Molhados II" – Secos e Molhados

Na época em que Alice Cooper, Kiss David Bowie subiam ao palco maquiados, os brasileiros do Secos e Molhados também aderiam ao estilo com figurinos extravagantes aliados ao som ousado que explodiu nas paradas de sucesso da época.

O segundo disco da banda e último trabalho de inéditas da formação clássica com  João Ricardo, Ney Matogrosso e Gerson Conrad, "Secos e Molhados II" conta com composições inspiradas em poesias de Fernando Pessoa, Julio Cortázar e Oswald de Andrade e uma pegada um pouco mais roqueira do que o primeiro trabalho. Não fez tanto sucesso na época, mas hoje é valorizado como um clássico, com obras-primas como "Flores Astrais" e "O Hierofante".

"Temporada de Verão Ao Vivo Na Bahia" – Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa

Após a explosão do tropicalismo, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram presos pelos militares e se exilaram no Reino Unido, o que provocou o fim do movimento, mas não saciou o público, que continuava ansioso por ouvir o som inovador, vanguardista e questionador da época.

Desde então, os cantores se apresentaram com Gal Costa na ilha de Wight, na Inglaterra, em 1970 e, três anos mais tarde em São Paulo, no festival Phono 73. Mas a volta triunfante foi marcada por shows no Teatro Vila Velha, em Salvador, que originaram o álbum "Temporada de Verão Ao Vivo Na Bahia".

"Sinal Fechado" – Chico Buarque

O nome representa bem o disco. No auge dos anos de chumbo, Chico Buarque tinha quase todo seu material autoral impedido de ser lançado pela censura prévia e a saída foi tocar músicas de outros compositores.

"Sinal Fechado" é um disco de Chico com versões de sucessos de nomes como Tom Jobim, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Paulinho da Viola.

"Elis & Tom" – Elis Regina e Tom Jobim

Não é preciso dizer muito sobre um álbum que conta com dois dos maiores expoentes da música popular brasileira em todos os tempos. O trabalho foi idealizado para comemorar os dez anos de carreira da cantora.

Elis Regina e Tom Jobim se uniram em parceria para gravar clássicos de Jobim como "Águas de Março" (há quem diga que esta é a versão definitiva da canção), "Só Tinha de Ser Com Você" e "Por Toda a Minha Vida", aliando arranjos sofisticados à voz potente de Elis.

"Cartola" – Cartola

O disco de estreia de Cartola só foi gravado quando ele contava 65 anos de idade e já era um dos maiores sambistas de todos os tempos. A simplicidade do músico se reflete na capa e no título que, assim como o segundo disco, é intitulado apenas "Cartola".

Várias músicas do compositor estão no imaginário popular, e o álbum é marcado por belíssimas canções como "Alvorada", "Tive Sim" e a eterna "O Sol Nascerá".

"Gita" – Raul Seixas

O trabalho de maior sucesso do maluco beleza foi "Gita", lançado em 1974, que vendeu 600 mil cópias e eternizou Raul Seixas como um dos maiores nomes no hall do rock brasileiro.

Além da música que dá nome ao disco, "Gita" é marcado por outras faixas atemporais como "Sociedade Alternativa", "Medo da Chuva" e "Trem das 7".

André Cáceres
Rádio UOL

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