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No dia do samba, conheça 10 discos fundamentais para entender o estilo

UOL Música

02/12/2014 07h52

O samba é a cara do Brasil, e nosso país deve muito de sua cultura musical aos grandes sambistas que por aqui passaram.

Sobre o dia do samba, o pagodeiro Péricles disse que não há diferenças entre bossa nova, samba e pagode: "Todos praticamos a mesma fé, fazemos a mesma coisa", afirmou o músico. Confira a entrevista completa aqui!

Como não podemos deixar o samba morrer, e nem acabar, vamos comemorar esse dia relembrando os discos fundamentais da história do gênero!

"Pelo Telephone" (1916)

pelo telephone

O primeiro samba já gravado causa polêmica até hoje e divide opiniões. "Pelo Telephone", de 1916, é um marco na história da música brasileira e sua autoria foi reivindicada por vários nomes. Ela foi composta por Donga e Maurício de Almeira, porém apenas o primeiro registrou a canção e acabou levando os créditos sozinho.

No entanto, a estrutura confusa da faixa, com mais de um refrão diferente e melodias inconciliáveis, dá margem à tese de que sua composição foi feita em pedaços e por mais de uma pessoa.

"Cartola" (1976)

cartola 1976

Alguns sambistas mais antigos não tinham o costume de lançar discos regularmente, por isso vários deles tiveram suas obras compiladas apenas postumamente ou no fim da vida. Foi o caso de Cartola, que já era um dos maiores compositores do Brasil quando lançou seu álbum de estreia, em 1974.

Mas foi o trabalho homônimo de 1976 que trouxe grandes clássicos do músico como "O Mundo é um Moinho", "As Rosas Não Falam" e "Aconteceu".

"Nelson Cavaquinho" – 1973

nelson cavaquinho

As canções de Nelson Cavaquinho já estavam eternizadas no cenário nacional quando seu primeiro disco foi lançado.

Trazendo hits eternos como "Folhas Secas", "Pranto de Poeta" e "Juízo Final", o sambista mangueirense ficou gravado na história da música como um dos maiores compositores do Brasil.

"Adoniran Barbosa" (1974)

adoniran 1974

Assim como Cartola, Nelson Cavaquinho e Noel Rosa agitaram o cenário carioca, o samba paulista era fomentado por nomes como Demônios da Garoa e o grande Adoniran Barbosa, que criou uma linguagem totalmente nova para fazer o estilo que é a cara do Brasil ser também a cara de São Paulo.

Adoniran já era aclamado e consagrado quando lançou seu disco homônimo que trazia clássicos eternos como "Trem das Onze", "Saudosa Maloca", "Iracema", "Abrigo de Vagabundo" e a parceria com Vinícius de Moraes em "Bom Dia Tristeza".

"Samba Esquema Novo" (1963)

samba esquema novo

O álbum de estreia de Jorge Ben Jor trouxe elementos melódicos do jazz, do blues, do rock e da bossa nova para o samba, revolucionando o estilo em forma e conteúdo e ajudando a levar nosso gênero musical para fora do país.

"Samba Esquema Novo" tinha hits como "Mas Que Nada", mas foi apenas uma prévia de outros álbuns inovadores do cantor, como "Sacundin Ben Samba" (1964), "Força Bruta" (1970) e "Tábua de Esmeralda" (1974).

"Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida" (1970)

foi um rio

Iniciando uma década de ouro para o samba, esse disco de Paulinho da Viola foi um dos destaques de 1970, ano em que "Força Bruta", do já citado Jorge Ben, e "Portela Passado de Glória", da Velha Guarda da Portela, seriam lançados.

A faixa-título foi uma homenagem à Portela, em resposta a uma canção que o próprio Paulinho havia feito para a escola rival Mangueira.

"O Samba é a Corda… Os Originais, a Caçamba" (1972)

originais e a corda e papapa

Formados nos anos 60, os Originais do Samba chegaram ao auge na década seguinte, revelando grandes talentos do gênero como Almir Guineto e Mussum, que também cativou o público com os Trapalhões.

Esse álbum clássico de 1972 trouxe faixas como "Do Lado Direito da Rua Direita", "Cravos e Rosas" e "Lá Se Vão Meus Anéis", agindo como um divisor de águas na carreira do grupo.

"Zeca Pagodinho" (1985)

zeca 1986

O disco de estreia do grande sambista de Irajá já tinha várias pancadas, mostrando o potencial do ainda jovem Zeca Pagodinho, que viria a se tornar um ícone nacional do gênero.

O trabalho traz faixas que se cristalizaram no repertório do cantor como "Quando Eu Contar (Iaiá)", "Judia de Mim", "Brincadeira tem Hora" e "Coração em Desalinho".

"Tá Delícia, Tá Gostoso" (1995)

ta delicia martinho

Martinho da Vila já era um grande nome do cancioneiro sambista, tendo lançado seu primeiro trabalho em 1969, mas marcou seu nome na história do estilo com o disco de 1995.

"Tá Delícia, Tá Gostoso", além da faixa-título, conta com o mega sucesso "Mulheres", "Devagar, Devagarinho", "Cuca Maluca" e várias outras que entraram para o inconsciente coletivo.

"Fundo de Quintal Ao Vivo Convida" (2004)

fundo de quintal

Passaram pelo grupo Fundo de Quintal grandes nomes do samba como Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Sombrinha, Walter 7 Cordas e muitos outros.

Esse disco ao vivo conta também com outros imortais do estilo como Alcione, Beth Carvalho, Dudu Nobre, Zeca Pagodinho e Demônios da Garoa, apontando para um futuro brilhante no samba.

Comemore esse dia ouvindo os grandes clássicos desse gênero e nunca deixe o samba morrer!

André Cáceres
Rádio UOL

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