Sexo, drogas e religião; as saídas mais bizarras da história da música

Recentemente, uma polêmica envolvendo um flagra do integrante do One Direction Zayn Malik com uma mulher na Tailândia prejudicou seu noivado e sua carreira. Além de terminar o relacionamento com a cantora Perrie Edwards, o prodígio do pop oficializou a saída do One Direction depois de cinco anos ao lado do grupo formado em um reality show musical em 2010.

O caso tem abalado as redes sociais. Mas essa está londe de ser a única vez em que um integrante deixou um grupo de maneira conflituosa, estranha ou inesperada.

CLIQUE AQUI PARA OUVIR O MELHOR DO ONE DIRECTION

Recentemente o blink-182 passou por uma separação bizarra. Apesar de a banda continuar existindo com o mesmo nome, o vocalista e guitarrista Tom DeLonge foi afastado do grupo via twitter sem tomar conhecimento da decisão. O grupo continua com Mark Hoppus e Travis Barker, que substituíram o frontman por Matt Skiba.

Essa é a nova formação do blink-182

Nem todas as bandas se preocupam tanto com a imagem de bons moços como o One Direction, mas algumas já chegaram a demitir músicos por conta de seu comportamento. O Hawkwind, banda clássica do rock psicodélico da década de 70, teve como baixista ninguém menos que Lemmy Kilmister, que alguns anos depois conquistaria fama e fortuna como líder do Motörhead.

Lemmy foi pego pela polícia com drogas na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá e foi abandonado pela banda. O que não veio ao caso é que os outros integrantes do grupo, conhecido pela loucura tanto no pessoal como no profissional, também usavam drogas loucamente. Em sua autobiografia "White Line Fever", o baixista diz que um dos motivos de sua expulsão foi um conflito entre usuários de drogas diferentes: ele era viciado em anfetaminas, enquanto os demais integrantes eram adeptos do L.S.D.

O Metallica é outra banda conhecida por não ser exatamente uma tropa de escoteiros. Mas mesmo em um grupo cheio de jovens inconsequentes que inclusive ganharia o apelido de "Alcoholica", o guitarrista original Dave Mustaine conseguiu ser expulso por abusar da bebida. O ressentimento foi a mola propulsora para a criação do Megadeth, um dos maiores nomes do metal nos anos 80 e 90, mas Mustaine admite que sempre se sentiu na sombra do Metallica, que fez mais sucesso.

Já os Sex Pistols não tinham pudores para demitir integrantes por motivos estranhos. Independente das razões reais, a banda era criativa ao divulgar os motivos oficiais das saídas. O baixista Glen Matlock estava com o grupo desde o começo e havia composto a maioria dos clássicos do grupo. Mesmo assim, em 1977, foi chutado "por gostar de Beatles". Oficialmente, essa foi a razão, mas na verdade as tensões internas entre ele e o vocalista Johnny Rotten haviam ficado insustentáveis.

A religião também foi pivô da demissão de vários músicos. Quem não se lembra da saída de Rodolfo Abrantes dos Raimundos? Após cantar pérolas como "Puteiro em João Pessoa", "Me Lambe" e "Esporrei na Manivela", o vocalista se converteu e seguiu carreira na música cristã, gerando vários conflitos com os ex-colegas de banda.

A situação é parecida com a de Pete Sandoval, ex-baterista do grupo de death metal Morbid Angel. Com canções que exaltavam Satanás, heresias e o inferno, a banda viu o músico se despedir por incompatibilidade quando ele virou a casaca e aderiu ao cristianismo em 2013.

Outro caso do tipo ocorreu com o Fleetwood Mac. Ainda em sua primeira encarnação como ícones do blues rock, contavam com o guitarrista Jeremy Spencer, famoso por seu deboche. Até que em 1971, a banda estranhou quando ele adquiriu o hábito de ler a bíblia compulsivamente.

Um belo dia, Spencer desapareceu em Los Angeles no meio de uma turnê. Preocupados, os outros integrantes vasculharam as ruas de Los Angeles atrás do colega. Quando o encontraram, descobriram que ele havia se juntado à seita Meninos de Deus, que ficaria famosa posteriormente ao ser acusada de compactuar com atos de pedofilia.

E você, leitor? De qual outra saída bizarra se lembra?

André Cáceres
Rádio UOL