Adriana Sanchez presta homenagem a Gonzagão em releitura criativa e inédita
"Eu nunca pensei que a música seria algo sério na minha vida", conta a sanfoneira. Para alguém que começou aos 8 anos estudando piano clássico como complemento às aulas de balé, lançar discos populares no Brasil não seria o caminho mais provável.
O convite de um amigo para uma apresentação em um bar foi o início de tudo. Na sequência, após inúmeros covers de Pink Floyd e Chico Buarque, Adriana Sanchez foi apresentada à sanfona. E a partir desse momento, a dançarina decidiu se tornar uma cantora.
Itamar Assumpção a ajudou no começo da carreira. O projeto "Orquídeas do Brasil", grupo formado apenas por mulheres, colocou Adriana em destaque. Em um belo dia, o cantor apareceu com o temido instrumento.
"Em um primeiro momento, não teve impacto nenhuma. Achei bem legal, mas não ficava tocando nem nada. Com o tempo fui tocando mais, me aperfeiçoando", explica a artista em entrevista ao UOL Música Deezer.
A aptidão de Adriana para com o instrumento ainda é motivo de surpresa. "Nas primeiras vezes em que eu peguei a sanfona, já saí tocando. Depois que você entende a lógica por trás, não tem segredo. Aí entra a parte do coração".
Em "Salve Lua – Tributo a Luiz Gonzaga" (clique para ouvir), a cantora homenageia um dos maiores símbolos da música brasileira. Filha de um equatoriano com uma brasileira, Adriana fala da música nordestina como uma admiradora. A dúvida inicial era seguir o caminho mais óbvio e regravar os maiores sucessos do pai do baião ou pegar as faixas mais desconhecidas.
"A minha proposta era fazer uma releitura. E fazer a minha releitura paulistana, usando efeitos de pedal na sanfona, batidas eletrônicas, misturando ritmos… então optei por músicas conhecidas, justamente para mostrar a diferença entre as gravações originais", relata a cantora.
Adriana ainda contou com convidados especiais, que deram outro toque ao álbum. Zeca Baleiro dividiu o vocal em Assum Preto, enquanto Rapadura colocou rap em Qui Nem Jilo. Já o ator e músico Gero Camilo entoou uma bela poesia em Xote Das Meninas.
O maior atrativo do álbum é o toque pessoal com que Adriana tenta colocar em cada música. "Se eu fosse ficar na mesma coisa, super tradicional, eu ia cair no comum. Então preferi ousar e mesmo assim não ser entendida do que me acomodar e fazer uma coisa já feita".
Sempre muito ocupada, a sanfoneira participa de diversos projetos ao mesmo tempo, como a banda Barra da Saia e a parceria com Rafael Alterio, Guilherme Rondon e Bosco Fonseca. O projeto Música De Graça reuniu os 4 músicos, que gravaram a espetacular Descendo a Estrada (clique para ouvir).
Recentemente, Adriana fez uma turnê pela Argentina, onde pôde conhecer diversos músicos e ritmos diferentes. De volta para o Brasil, também tocou clássicos paulistas com um grupo japonês, que estava aqui para gravar um DVD e retornam em novembro. "Quem sabe não sai um cover de Gonzagão em japonês?", brinca a cantora.
Rodolfo Vicentini
UOL Música Deezer
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.